quinta-feira, 6 de março de 2014

O brincar em cada fase da infância

O brincar em cada fase da infância



Este tema é tão importante que procuramos abordá-lo sempre que possível. Para você, educador ou cuidador, ele é essencial, porque traz informações que subsidiam o seu trabalho e o ajudam a orientar os pais.
A revista Crescer trouxe o tema do brincar em uma de suas últimas publicações. Nós sempre falamos dele, porque é pela brincadeira que a criança se apropria do mundo e de si mesma. Por isso, outros posts valem a sua leitura para ampliar as informações. É o caso dos textos “O brincar dos pequenos: dicas importantes” , “Como conduzir o brincar de suas crianças?” e “Quais brinquedos são os mais indicados à criança pequena?”.
Neste post, adaptamos dicas da matéria da Crescer de como estimular a criança pequena em cada etapa da primeira infância pelo brincar. Confira:
Até três meses – é nesse período que a criança vai aprender a sustentar a cabeça. Ajude a fortalecer os músculos do pescoço. Braços e pernas ainda ficam muito flexionados, como no útero. A dica é estendê-los suavemente para alongá-los. Coloque o bebê de bruços sobre uma superfície segura e chame sua atenção com um objeto sonoro para que levante a cabeça. Bata palmas a distância para que ele tente localizar de onde vem o som, virando a cabeça.
Três a seis meses- o tronco já está começando a se firmar. Coloque a criança sentada no colo ou na cama, com um apoio nas costas. Isso a ajudará a desenvolver essa musculatura. Deite o bebê de barriga para cima e cruze suas pernas, incentivando-o a rolar sobre si mesmo. Coloque-o de bruços em uma superfície segura e espalhe objetos com diferentes texturas para que ele possa explorá-los usando o tato.
Seis aos nove meses – as mãos estão mais fortes e a criança consegue segurar objetos grandes. Estimule a transferi-los de uma mão para a outra. Escolha brinquedos grandes, macios, não cortantes, laváveis e que não soltem pedaços, porque a criança tende a levar tudo à boca. Alguns bebês já começam a ficar de pé nessa fase. Coloque a criança no chão, dando espaço para que possa se arrastar e engatinhar. Distribua objetos a certa distância, incentivando o bebê a engatinhar até eles.
Nove meses a um ano – a criança começa a pegar objetos com os dedos polegar e indicador. Ofereça tampinhas ou bolas de papel para aprimorar esse movimento, sempre sob sua supervisão, evitando que ela coloque esses objetos na boca. Bata palmas, dê tchau, mande beijo para que o bebê imite você.
Um ano a um ano e seis meses – a criança já consegue andar sozinha. Ajude a trabalhar o equilíbrio oferecendo brinquedos que possam ser puxados ou empurrados. Ela também já pode utilizar papel e giz de cera grosso atóxico. Estimule a fazer rabiscos na folha para trabalhar a coordenação motora. Ofereça caixas de diferentes tamanhos e peça que coloque uma dentro da outra, para desenvolver a compreensão.
Um ano e seis meses a dois anos – permita que a criança folheie revistas velhas, rasgue-as e amasse as páginas, para estimular a coordenação motora. Fale os nomes das partes do corpo e peça que vá apontando, uma por uma, para despertar a consciência corporal e treinar o controle do indicador estendido quando os outros dedos estão abaixados. Estimule a chutar e fazer gol para trabalhar a agilidade das pernas.
Dois a três anos – brincadeiras como pega-pega, dar pulos e ficar apoiado em um pé só ajudam a desenvolver o equilíbrio. Para promover o senso de direção e fortalecer a musculatura das pernas, outra boa opção é pedalar o triciclo. Estimule brincadeiras com argila, massa de modelar e tinta guache, que ajudam a controlar a força na ponta dos dedos e o movimento do punho e das mãos.
Três a quatro anos – empilhar de seis a oito objetos estimula o controle neuromotor. Também desafie a criança a desenhar formas geométricas, começando pelo círculo, praticando a coordenação motora fina, responsável pelos movimentos mais delicados e precisos do corpo.
Quatro a cinco anos – a criança já tem habilidade e firmeza para segurar o lápis e desenhar partes do corpo humano (cabeça, tronco e pernas). Crie desafios como andar nas pontas dos pés e imitar animais utilizando todo o corpo: rastejando, se for uma cobra; saltando agachado, se for um sapo.
Cinco a seis anos – os reflexos estão mais rápidos e permitem à criança defender ou agarrar a bola com as duas mãos. Chute a gol e queimada são duas brincadeiras interessantes para essa fase. Aproveite para treinar noções como direita e esquerda, que a criança já entende.
Você pode ajudar o bebê a aprender a falar
Você, que trabalha para garantir o bem-estar da criança pequena, sabe como é gotoso vê-la dando os primeiros balbucios, expressando as primeiras palavras. Que tal ajudá-la nesse processo de descobertas? E que tal compartilhar com os pais sugestões de como eles também podem fortalecer a fala de seus filhos?
Cada criança tem o seu tempo para começar a engatinhar, andar… e falar também. Alguns bebês começam a pronunciar as primeiras palavras aos doze meses. Outros demoram um pouco mais. No entanto, se com dois anos a criança não fala ainda, é importante consultar um fonoaudiólogo para entender o que está acontecendo com ela.
Pronuncie as palavras corretamente – o bebê imita tudo o que vê. Logo, o jeito de falar também. A pronúncia correta é essencial para seu aprendizado.
Fale de forma natural – infantilizar ou afinar a voz, usar só os diminutivos não são recomendáveis. O ideal é que a criança se sinta inserida naturalmente nas conversas dos adultos.
Mostre a boca ao falar – olhar para a criança enquanto fala, para que ela perceba a movimentação da boca, é importante ao aprendizado.
Sem euforia demais – é bacana comemorar as primeiras palavras, mostrar que está alegre com esse avanço do bebê, mas sem muita euforia e ansiedade, porque pode assustá-lo e atrapalhar seu desenvolvimento.
Ajuda de crianças mais velhas é bem-vinda – os bebês podem ter das crianças mais velhas ótimas referências para seu aprendizado da fala. E as crianças mais velhas se sentirão valorizadas.
Nada de acomodação – deixe que a criança se esforce para pedir alguma coisa, seja por palavras ou apontando o que quer. Facilitar tudo ou oferecer algo antes que o bebê peça leva a uma acomodação prejudicial ao seu desenvolvimento.
Brinque sempre e otimize a rotina – a brincadeira é um super espaço de desenvolvimento, não só da fala. Aproveitá-la para explorar a linguagem é muito importante, assim como as situações cotidianas, como narrar a troca de roupa, o banho, a escovação dos dentes, a alimentação para que a criança se aproprie de cada ação e objeto utilizado


 

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