quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Bebês sofrem com o estresse? Sim, o que não é bom.

Muitos pais acham que criança não se sente desgastada diante de situações muito difíceis. Grande engano. Você, que trabalha com a Primeira Infância, tem de mostrar-lhes que existem tipos de estresse infantil que podem interferir no bom desenvolvimento infantil. Ao mesmo tempo, também pode contar-lhes que nem toda situação desafiadora é considerada negativa e que o estresse que ela gera é benéfico ao indivíduo.A matéria, de Stephanie Kim Abe, foi publicada no site Educar para Crescer e replicada no site Nota Máxima. O artigo traz muitas informações sobre o tema. Ressaltamos algumas delas para que você possa embasar sua conversa com pais e cuidadores sobre o estresse infantil.Para começar, o que é desgaste para uma criança pode não ser para um adulto. Exemplo: cair da cadeira é uma situação bem mais difícil ao bebê do que para um adulto. Este, por exemplo, pode ficar estressado no trânsito, enquanto que o bebê segue dormindo, sem se dar conta do “inferno” que está fora do carro.É por isso que temos de olhar de um jeito diferenciado às emoções da criança pequena. Enfrentar um cachorro pequeno e inofensivo para ela desencadeia o mesmo sistema de reação do corpo que o de um adulto, frente a frente com um leão.Há exemplos clássicos – e recorrentes em muitas famílias – de situações que desgastam o bebê: desentendimentos dos pais, primeiro dia de aula na escola nova, atividade demais no dia, dentre outras situações que exigem da criança muito mais do que ela dá conta, sem angustiar-se.Porém, vale lembrar que um pouco de desafio faz parte, já que ele prepara o corpo da criança para enfrentar problemas maiores. O que não pode acontecer é esse sistema de alerta, causado pelo estresse, permanecer acionado por muito tempo, prejudicando o desenvolvimento socioemocional da pessoa.O que ajuda a criança a vencer o desgaste causado por uma situação adversa? Apoio, carinho e “colo” dos pais, o que é diferente da superproteção, uma postura que não contribui ao bem-estar da criança.Extraímos da matéria três questões-chave para sua reflexão e para você transformá-las em argumentos sobre o perigo do estresse negativo. Veja:Como identificar que a criança sofre com o estresse?Há várias mudanças no comportamento que podem demonstrar que ela está sendo afetada pelo estresse: voltar a fazer xixi na cama, ficar birrenta, tornar-se agressiva, chorar por nada, ser mais briguenta, ficar mais tímida ou amedrontada, ter pesadelos, mostrar nervosismo. Há também a manifestação de dores físicas, como no estômago, tontura e distúrbios alimentares.No caso de recém-nascidos, pode gerar estresse situações como deixar o bebê chorar sem consolo, não amamentá-lo quando está com fome, não oferecer conforto quando está angustiado, limitar contato corporal com ele (durante mamadas ou à noite), não dar atenção, estimulação, conversação e brincadeiras.Quais os níveis de estresse?Nem todo estresse pode ser considerado prejudicial à saúde e há níveis toleráveis até que se torne tóxico. O nível de estresse está mais relacionado com a maneira como a situação é enfrentada. Lembrando que a forma como a situação afeta a criança depende não só dela, mas também de como as suas relações de suporte, como os pais, ajudam-na a enfrentar tal questão.O estresse positivo estimula e motiva a criança a enfrentar a situação. Já o estresse negativo é aquele que intimida e ameaça a criança, e a faz reagir de um modo inadequado ao problema.Qual a importância de lidar com o estresse na Primeira Infância?É nessa fase que o cérebro está em pleno crescimento e desenvolvimento. O bebê nasce com cerca de um quinto do tamanho do cérebro do adulto. Ao final do primeiro ano, está com cerca de 60% do cérebro desenvolvido, e ao final do terceiro com cerca de 90%. Ou seja, além de uma impressionante velocidade de desenvolvimento na Primeira Infância, o cérebro do bebê tem muito mais conexões neuronais do que o cérebro dos adultos. Experiências traumáticas têm mais probabilidade de gerar mudanças irreversíveis no cérebro se acontecerem nessa etapa da vida.Aliás, a FMCSV disponibiliza em seu acervo digital um vídeo bem interessante que mostra o desenvolvimento do cérebro da criança e como as vivências e estímulos podem ajudar ou atrapalhar esse processo. Vale a pena assisti-lo.Mas, afinal, como o estresse tóxico pode afetar o desenvolvimento da criança e a maneira como ela lida com as emoções? De que forma políticas públicas podem contribuir para um melhor desenvolvimento da criança? O que acontece com as crianças que não aprendem a lidar com o estresse negativo?Estas e outras respostas você encontra na matéria completa.

fONTE: http://desenvolvimento-infantil.blog.br/bebes-sofrem-com-stress-sim-o-que-nao-e-bom/

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