O tema deste post parece óbvio, mas você verá
que, infelizmente, não é. Lavar as mãos é um hábito tão essencial para a saúde
como comer e beber água. Mas, pelas estatísticas, a prática não faz parte do cotidiano
de muita gente, especialmente de crianças que, por causa de doenças como
diarreia e pneumonia, não vivem mais do que cinco anos.
Está aqui um tema para ser conversado nas
escolas de educação infantil e nos núcleos de Saúde, com as crianças e os pais.
Em pleno século 21, com tanta tecnologia e inovação, mais de seis milhões de crianças ainda morrem no mundo antes de completar os cinco anos de idade. A ironia é que uma das maneiras de se evitar ou amenizar essa perda é ensinando-as a lavar as mãos.
Em pleno século 21, com tanta tecnologia e inovação, mais de seis milhões de crianças ainda morrem no mundo antes de completar os cinco anos de idade. A ironia é que uma das maneiras de se evitar ou amenizar essa perda é ensinando-as a lavar as mãos.
Veja esta estatística surpreendente: quatro
entre cinco pessoas não lavam as mãos após irem ao banheiro.
Mas por que isso é tão importante? Os pais e
as crianças têm de entender que o hábito reduz o contágio de doenças como
gripe, tracoma (doença inflamatória nos olhos), pneumonia e algumas epidemias,
como a cólera e a mais recente, a ebola.
Nas fezes humanas estão os principais agentes
responsáveis pela diarreia, febre tifoide, infecções gastrointestinais, algumas
infecções respiratórias…
Um grama de fezes pode conter dez milhões de
vírus e um milhão de bactérias.
O ato de lavar as mãos com sabonete significa
remover minúsculos resíduos de excrementos após contato com material fecal,
seja ao usar o banheiro, seja fazendo a higiene da criança, prevenindo a transmissão
da bactéria, do vírus e do protozoário.
Claro que existem outros fatores que
favorecem a proteção da criança contra essas doenças, como a manipulação de
alimentos e a qualidade da água para consumo, mas o saneamento básico e lavagem
das mãos são suficientes para criar barreiras de proteção ao ambiente
doméstico.
Como criar o hábito? Pelo exemplo. Em casa,
pais não só devem lavar as mãos como incentivar os filhos a fazê-lo sempre,
mostrando a importância de um ato tão simples e acessível à maioria. Na escola,
os educadores e cuidadores devem estar atentos à prática e estimulá-la. O
que já se sabe é que crianças que lavam as mãos com frequência têm 50% a mais
de proteção do que aquelas que não estão habituadas à prática.
Fazer campanhas, falar do tema com a
comunidade, ensinar as crianças também são tarefas do educador e dos
agentes de Saúde. Uma prevenção que pode ser considerada como autovacina contra
muitos males que impedem o bom desenvolvimento infantil.
Myriam Sidibe é doutora em saúde pública e
dedica-se a promover o ato de lavar as mãos com sabonete. Com a Global Social
Mission Director for Lifebuoy, ela passou mais de uma década trabalhando com
milhões de crianças para que entendessem que o jeito mais eficaz de se
protegerem era usar água e sabão.
Em um vídeo, publicado com a matéria que
inspirou este post, no site Aleteia, a doutora fala dessa realidade e chama a
atenção dos adultos para a importância do simples ato de lavar as mãos. Assista-o, compartilhe com colegas e pais e
ajude a mudar os números da mortalidade entre as crianças.
Para trabalhar o tema com os pequenos,
sugerimos um livro e uma canção:
Por que lavar as mãos? – a obra é de Claudia
Uchoa, publicada pela editora da UFF, e compõe uma série de livros que fala da
higiene pessoal (Lulu, a lombriga; Um piolho chamado Pediculinho; Por que
cortar as unhas?; Um vampiro dentro da barriga e Gigi, um bichinho muito
pequeno).
Lavar as mãos – a música é sucesso
há vinte anos, exibida na série Castelo Rá-Tim-Bum. Virou jingle de propaganda
e é um hit do grupo
Palavra Cantada.
As crianças até hoje a adoram.
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